odemira a s. teotónio

19 kms

 

    A primeira parte deste percurso acompanha o Rio Mira. Nas suas margens podemos encontrar caniçal denso e galeria ripícola (linha contínua de árvores que acompanha as margens do rio). Tanto a galeria ripícola como o caniçal são essenciais para a reprodução das aves migradoras estivais, ou seja, aves que vêm reproduzir-se cá. É o caso do rouxinol dos caniços ou da felosa poliglota. Os habitats ribeirinhos proporcionam abrigo, suporte para os ninhos e abundância de alimento. Também a lontra é presença assídua no rio. Os seus dejectos, constituídos por escamas e espinhas de peixe ou carapaças de lagostins são inconfundíveis.

     Nas ribeiras, que atravessará com frequência durante o percurso, aprecie as águas limpas, onde as borboletas e libelinhas fazem voos rasantes. Nas florestas e matos, encontrará por vezes vestígios de fogos recentes. O medronheiro surge com abundância neste percurso. É uma planta com as mais diversas utilidades. Com os seus troncos e ramos faz-se lenha e carvão e a sua folhada é ornamental. Os seus frutos são deliciosos e com eles faz-se compota, licor ou ainda a famosa aguardente de medronho, que poderá provar num dos vários cafés e tascas em toda a região.