etapa 13
bensafrim a vila do bispo
30,2 kms
Do centro de Bensafrim o percurso dirige-se para Sudoeste, em direção a Barão de São João, esta união de freguesias é a mais rural do concelho de Lagos, onde a agricultura, em especial a biológica, está bem presente. A primeira fase da etapa desenvolve-se numa paisagem típica de barrocal, com densos matagais mediterrânicos, onde abundam carrascos, aroeiras, rosmaninhos, estevas, entre outras plantas arbustivas. Aqui poderá ter uma agradável surpresa ao encontrar um vasto sobreiral, que oferecem sombra e beleza a esta parte do percurso. O relevo é pouco acentuado e rapidamente o caminhante chega a Barão de São João. Neste local, existem vários apoios, incluindo mercearia, snack-bar, alojamento e algum património interessante para ver, nomeadamente a igreja matriz. Aqui a diversidade de culturas é notória, é aqui que muitos estrangeiros, oriundos dos mais diversos países, se têm fixado, ao longo dos anos e pelo qual se têm apaixonado. Após atravessar a aldeia, a Via Algarviana dirige-se para Noroeste, entrando no Perímetro Florestal do Barão de São João. Esta floresta de pinheiro-manso é, provavelmente, a maior da região, funcionando como um refúgio de vida animal e um espaço de lazer e recreio, onde os visitantes podem descansar e merendar. Aqui irá cruzar-se com um dos doze percursos pedestres complementares à Via Algarviana. A paisagem típica de serra volta novamente a preencher o cenário em torno da Via Algarviana. Montes e vales cruzam-se ininterruptamente ao longo do percurso, destacando-se o Vale da Vinha Velha, uma fértil área agrícola, com diversas atividades ligadas ao agroturismo, e o Monte de S. Lourenço, junto ao marco geodésico do Pardieiro, um dos locais mais elevados nesta zona (144m). A chegada ao sítio das Sesmarias, revela uma nova mudança na paisagem. Um extenso planalto agrícola circunda agora o percurso, no qual o viajante pode ainda encontrar a Lagoa de Budens, uma pequena zona húmida onde ocorrem diversas espécies de aves aquáticas e de anfíbios, onde na altura da primavera é vulgar ouvir o coaxar das rãs. Afloramentos Calcários, matos dispersos, extensas pastagens e campos agrícolas, denotam a proximidade do antigo “celeiro do Algarve” e da Costa Vicentina. A Sul da EN125, o caminhante entra no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, uma das mais belas áreas protegidas do país, e muito em breve chega ao destino desta viagem, Vila do Bispo. É neste setor que pela primeira vez se avista o mar! Perto da Raposeira volta a cruzar-se com mais um percurso pedestre complementar à Via Algarviana. Em Vila do Bispo termina o setor e é também aqui que se inicia o último dia desta grande jornada pelo Algarve desconhecido.